A elevada disparada de 88% nos casos prováveis de dengue no estado do Acre este ano contribuiu para o Ministério da Saúde publicar nesta terça-feira, 4, fortalecesse o combate e prevenção. Com o lema “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”, a campanha do Ministério mobiliza a população e os profissionais de saúde para eliminar criadouros e reforçar a responsabilidade coletiva. “O Dia D de prevenção, marcado para 8 de novembro, contará com ações de conscientização em todo o país”, assinala a pasta da Saúde.
Na última segunda-feira, 3, a pasta lançou a campanha nacional intitulada “Não dê chance
para a dengue, zika e chikungunya”, voltada à prevenção das arboviroses e à mobilização da
população. E anunciou a disponibilização de mais R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial em todo o país.
“Mesmo com essa melhora, não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia”, alertou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo a matéria do Ministério, o Acre registra atualmente 8,5 mil casos prováveis de den
gue, um aumento de mais de 88% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 4,5 mil casos. Em relação aos óbitos, o estado do Acre, de acordo com a matéria, confirmou quatro mortes neste ano, um aumento significativo em comparação a 2024, quando não houve registros.
A nível nacional, segundo o Ministério, foram contabilizados 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma queda de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. Os óbitos, que já somam 1,6 mil em 2025, também apresentaram redução de 72% em comparação com 2024.
Ainda de acordo com o ministro da Saúde, o trabalho de prevenção precisa começar agora, antes do período de maior transmissão. “Por isso, o Ministério da Saúde está mobilizando gestores e a população para o Dia D da Dengue, que será realizado neste sábado”, 8/11, quando vai ser divulgado o novo mapeamento entomológico, que identifica áreas de alerta e risco em mais de 3 mil municípios.
Com a liberação dos R$ 183,5 milhões previstos, o Ministério da Saúde pretende ampliar o uso de tecnologias de controle vetorial para redução da capacidade de transmissão, como o método Wolbachia, atualmente presente em 12 municípios, com expansão planejada para mais 70 cidades, incluindo 13 delas ainda em 2025.
A matéria do Ministério revela que Niterói, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade brasileira a ter 100% do território coberto pelo método Wolbachia, apresentando resultados concretos, com a redução de 89% nos casos de dengue e 60% da chikungunya. Além disso, serão ampliadas medidas como as do uso das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), a técnica do inseto estéril e a borrifação residual intradomiciliar, com aplicação de inseticida de longa duração dentro das residências.
A Tribuna

