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Bolsonaristas acreanos reagem à prisão do ex-presidente Bolsonaro

A decisão da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida na manhã deste sábado (22), provocou imediata reação de lideranças políticas do Acre alinhadas ao ex-chefe do Executivo. As manifestações ocorreram principalmente pelas redes sociais, onde deputados federais e estaduais classificaram a medida como “injusta”, “desproporcional” e “perseguição política”.

O senador Alan Rick foi um dos primeiros a se pronunciar. Em nota divulgada nas redes sociais, o parlamentar afirmou que a decisão da Justiça tem “caráter intimidatório” e desrespeita “garantias constitucionais”.

Para ele, não há fundamentos objetivos que justifiquem a prisão. “Medidas excepcionais exigem provas claras. Prisão preventiva não pode servir como punição antecipada, especialmente quando há sinais de pré-julgamento que comprometem a imparcialidade do processo”, escreveu.

Alan Rick também declarou solidariedade a Bolsonaro e sua família, afirmando que o episódio abre “um precedente que ameaça qualquer cidadão”.

Ulysses Araújo fala em capítulo de injustiça e reforça apoio

O deputado federal Coronel Ulysses (PL) também divulgou posicionamento contundente. Ele afirmou que o país vive “mais um capítulo de injustiça” e destacou que Bolsonaro continua a receber apoio dos acreanos. “Conte comigo, capitão. O Acre está de pé ao seu lado”, publicou o parlamentar, junto a uma foto ao lado do ex-presidente.

Nos comentários, apoiadores reforçaram críticas ao Judiciário e classificaram a prisão como parte de uma “perseguição implacável”.

Em um tom mais exagerado, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, afirmou que querem matar o ex-presidente. “Querer matar nosso Bolsonaro, mas não vão conseguir matar os milhões espalhados pelo Brasil”.

Base bolsonarista mobiliza discurso de perseguição

A reação dos políticos acreanos segue o tom adotado nacionalmente pelo campo bolsonarista, que questiona a legalidade da prisão, aponta fragilidades processuais e reforça o discurso de que o ex-presidente sofre perseguição política.

A narrativa reforça o vínculo com a militância conservadora, especialmente no Acre, onde Bolsonaro obteve votações expressivas nas últimas eleições e mantém sólida base de apoio popular e parlamentar.

Silêncio em parte da classe política

Enquanto aliados se mobilizaram rapidamente, outros setores da política acreana, especialmente parlamentares mais moderados e nomes do campo governista estadual, ainda não haviam se manifestado até o fechamento desta edição.

A repercussão local deve continuar nas próximas horas, especialmente com a possibilidade de atos, manifestações ou notas de entidades partidárias e lideranças estaduais. A prisão do ex-presidente reacende tensões políticas e deve pautar o debate público no Acre nos próximos dias.

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