terça-feira, 18 novembro 2025

Após ausência da Sesacre e Sefaz, reunião para tratar do PCCR da Saúde é cancelada na Aleac

Por Mirlany Silva, da Folha do Acre

A reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), prevista para a manhã desta terça-feira, 18, foi cancelada após a ausência de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e de outros órgãos convocados. A pauta esclareceria sobre o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria.

O deputado estadual Adailton Cruz lamentou o descompromisso das equipes do governo e afirmou que o momento seria fundamental para esclarecer dúvidas e avançar nas negociações com os trabalhadores.

“Lamentamos a equipe do governo não ter vindo para dialogar com todos os trabalhadores e seus representantes. Era a oportunidade de esclarecer e entregar o que eles estão pedindo. O plano, por exemplo, dizem que já está pronto. Se está pronto, por que não entregar?”, questionou o deputado. “Os trabalhadores vão permanecer aqui. Pedi para ser recebidos no plenário, e nós vamos aguardar a presença do governo para resolver essas questões”, completou.

Adailton também criticou a tentativa do governo de recorrer à Justiça para impedir a mobilização da categoria.

“Hoje, parabenizamos os trabalhadores que estão aqui para repudiar a tentativa do governo de usar a Justiça para cercear um direito legítimo, especialmente na área da saúde, que foi a proibição da greve. Os sindicatos já recorreram e estão pedindo, inclusive, que a ação seja usada para promover uma audiência de conciliação e, assim, o governo finalmente entregue o plano. Mas, acima de tudo, estamos repudiando essa postura”, acrescentou Cruz.

A presidente do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem, Auxiliares e Enfermeiros do Acre (Spate), Alesta Amâncio, também criticou a ausência dos órgãos estaduais e reiterou que a categoria não aceitará novos adiamentos.

“Nós nos sentimos amordaçados pela própria Secretaria de Saúde e pelo Governo do Estado. A categoria decidiu pelo direito de grevar, e nós não somos irresponsáveis — iremos cumprir o percentual estabelecido por lei. Eles estão ganhando para isso, mas não vamos baixar a cabeça. Queremos nosso PCCR pronto. Pagaram R$ 1,5 milhão para uma empresa e agora pedem prazo para fazer cálculos? Isso nós não aceitamos. A categoria decidiu parar, e ela vai parar”, afirmou.

 

 

 

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