Estado é declarado livre de febre aftosa sem vacinação e peste suína clássica, o que fortalece sua presença no comércio internacional
Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zona livre de peste suína clássica desde 2016 e de febre aftosa sem vacinação desde 2021, o Acre fortalece sua posição no agronegócio nacional. Com esse duplo status sanitário, o estado amplia as chances de exportar carne e outros produtos de origem animal para mercados internacionais que exigem controle rigoroso de doenças.
O anúncio ocorreu durante missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Colômbia e no Chile. A delegação brasileira, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, negociou temas técnicos e comerciais com autoridades dos dois territórios. Rondônia também obteve o mesmo reconhecimento, o que fortalece as oportunidades de exportação na região Norte.
Ao longo das reuniões, foram discutidas medidas para facilitar o intercâmbio agropecuário entre os parceiros sul-americanos, como a regionalização da exportação de carne de aves, a certificação eletrônica para bebidas e proteínas animais, e a atualização de documentos para envio de frutas como o mamão papaia. Além disso, foi firmado acordo de cooperação técnica em zoneamento agrícola, com foco na redução de perdas e no aumento da eficiência produtiva.
Outro resultado importante veio da Colômbia, que autorizou a entrada da farinha de sangue bovina brasileira, utilizada na alimentação de animais domésticos. Com mais de 52 milhões de habitantes e elevado número de lares com pets, o mercado colombiano se torna estratégico para o Brasil. Em 2024, as vendas de produtos agropecuários brasileiros para o país somaram US$ 863 milhões.
De acordo com o Mapa, a missão reforça o compromisso do governo federal com a valorização dos produtos nacionais e com a busca por novos compradores na América do Sul. Com o reconhecimento sanitário, o Acre se consolida como um dos estados mais preparados para crescer no comércio exterior e atrair investimentos no setor.

