Ana Paula Correia e a Operação Ptolomeu
Se Alan Rick confirmar Ana Paula Correia como vice, o Acre terá um cenário inédito onde as duas principais chapas ao governo carregam o carimbo da Operação Ptolomeu.
As duas chapas
A chapa de Mailza é diretamente apoiada por Gladson Camelí e a outra chapa, de Alan Rick, poderá ter como vice a empresária Ana Paula que também é citada na Operação Ptolomeu.
A ex-primeira-dama no tabuleiro
Ana Paula, ex-esposa de Gladson Camelí, entra no jogo como “sugestão do Partido Novo”. Sugestão que soa mais como teste de resistência: querem ver até onde Alan aguenta carregar um nome citado nos autos da Ptolomeu.
Moralismo desfalcado
Se Alan aceitar a sugestão ele perde o discurso moralista. Afinal, como falar em “mudança”, “nova política” ou “ruptura”, levando na chapa alguém que apareceu em relatórios da Polícia Federal?
Os dois lados do mesmo escândalo
De um lado, Gladson Camelí prestes a ser julgado e arrolado. Do outro, Alan Rick namorando a ideia de trazer alguém também arrolada.
Alan Rick e o teste de habilidade política
Se aceita Ana Paula, demonstra fragilidade política. Se recua, demonstra falta de compromisso com o único partido que o está apoiando até aqui. Ele entrou no jogo em que qualquer movimento é perda.
Gladson já poderá aposentar o monopólio do desgaste
Até ontem, Gladson era o único carregando a Ptolomeu nas costas. Hoje, o desgaste virou democrático. A prateleira das narrativas agora tem duas marcas do mesmo veneno.
Tão Acre
No Acre é assim, não dá para construir narrativas de heróis e vilões quando os dois nasceram no mesmo ninho.
Nicolau Junior pulou fora
Por falar em impacto da possibilidade de Ana Paula ser vice de Alan Rick, quem deixou bem claro que não a apoiará na chapa do senador foi o irmão dela, o deputado Nicolau Junior.
Simples assim
Em entrevista ao renomado jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, Nicolau Junior deixou bem claro que apoiará a chapa indicada por Gladson Camelí. Na família Correia prevaleceu a máxima: irmãos, irmãos, negócios a parte.
Bocalom
Enquanto o jogo para a sucessão ao governo segue em um nível mais complexo, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, tirou os olhos de vez do próprio trabalho, que é administrar Rio Branco, e mirou no governo.
Ousadia de quem fez pouco
Bocalom que ser candidato a qualquer custo. Como ousa querer disputar o governo se não consegue administrar nem Rio Branco?
O rompimento branco entre setores do PP e o núcleo duro de Gladson
Há líderes do PP articulando o afastamento “sem estardalhaço”. O motivo? Insatisfação com indicações, atraso no cumprimento de acordos e outros detalhes tratados no submundo da política. Luiz Calixto não anda espalhando amigos pelo caminho.
MPAC
Setores do governo temem que o Ministério Público do Estado volte a acionar gestores sobre contratos antigos, inclusive os ligados ao entorno de ex-secretários. Não é a toa que essa escolha é tão complexa.
O cerco a Pedro Pascoal dentro da Saúde
O desgaste após o PCCR, os gritos de “au, au, au, fora Pedro Pascoal” na Aleac e a falta de habilidade do secretário de Saúde no que tange a relacionamento tem o deixado cada vez mais perto da porta de saída do governo. Têm deputados querendo a cabeça dele antes do recesso.
Empresários grandes sondando quem será o “governador de fato” em 2026
Um grupo empresarial enviou emissários para sondar quem vai mandar “de verdade” no Acre: o governador eleito ou o grupo por trás dele. Ninguém quer apostar em cavalo que não controla o pasto.
Bom dia a todos

