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Sindicato denuncia incapacidade do Saerb na solução do problema de água em Rio Branco

O Sindicato dos Urbanitários do Acre denuncia o Saerb (Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco) no Tribunal de Contas do Estado do Acre, por causa da precarização do serviço de distribuição de água na capital acreana. Há mais de uma semana que a população rio-branquense enfrenta o problema de desabastecimento nos bairros das 10 regionais.

“Não justifica que a prefeitura tenha investido R$ 200 milhões e nem assim a água chegue à casa dos consumidores”, reclamou o sindicalista Marcelo Jucá, vice-presidente dos Urbanitários.

O Saerb diz que investiu R$ 200 milhões desde a municipalização, mas nesse período, a expansão da rede de distribuição foi de apenas 2,4 km da chamada rede grossa (acima de 150mm), que serve a regiões e bairros e de 4,9 km de redes abaixo de 150mm, de caráter domiciliar. A maior parte do investimento, inclusive a nova liberação do governo federal foi para a compra e manutenção das bombas e para obras nas ETAs, que ameaçavam desabar no rio Acre.

A empresa conta com uma carteira de 72 mil consumidores, com uma dívida acumulada dos consumidores de R$ 100 milhões. A prefeitura de Rio Branco lançou no mês passado o Programa de Regularização de Dívidas Vencidas (Refis 2025), que permite desconto de até 95% dos juros e multas, nos pagamentos à vista. A prefeitura estima que necessita investir R$ 1 bilhão para resolver todos os problemas e cumprir a meta de universalização dos serviços até 2030, exigida pelo Marco Legal do setor.

O governo Federal destinou R$ 9,5 milhões este ano que a prefeitura utilizou para aquisição das bombas d’água que não teve efeito no sistema de distribuição, cada vez mais precário. O sindicato denuncia ainda o que considera excesso de comissionados no Saerb, aumento de contratos simplificados e de terceirizados que não conhecem como funciona a rede de distribuição de água da capital acreana. “Não justifica a falta d’água em tantos bairros ao mesmo tempo”, denunciou o sindicalista.

Para Marcelo Jucá, é necessária a contratação de mais operadores de bombas e manobristas nos reservatórios dos bairros Palheiral, Nova Esperança, Tucumã, Horto Florestal Apolônio Sales, São Francisco, Santa Inês e Santo Afonso (no Segundo Distrito).

“Temos apenas 120 trabalhadores efetivos para operar todo o sistema de distribuição de água na capital”, lamentou Jucá.

Com informações A Tribuna

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