Os servidores públicos se reuniram em ato de protesto na manhã desta terça-feira, 28, em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para reivindicar melhorias e fortalecer a Frente Unida dos Servidores Públicos, que reúne diversas entidades sindicais.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol/AC), Rafael Diniz, destacou que é necessária a união da categoria neste momento.
“A gente vê sim a chance de, não tem outra palavra, arrancar algo para todos os servidores. Me desculpe os colegas que ainda insistem, mas eu falo pelos policiais civis, não vamos vender ideias ilusórias de que ainda vai passar PCCR. Só tem um caminho: é junto. É abrir mão nesse momento”, disse o sindicalista.
O ato é realizado pela falta de posicionamento da equipe governamental sobre as pautas apresentadas pela Frente, que tratam de auxílios alimentação e saúde, além da recomposição de perdas inflacionárias com revisão geral anual (RGA) de 2023 a 2025.
Segundo Gerliano Nunes, um dos sindicalistas que integra o grupo, o governo do Estado não cumpriu o prazo de 45 dias para apresentar um estudo de impacto orçamentário-financeiro das pautas e não apresentou contrapropostas.
Para Nunes, que estuda dados econômicos, um exemplo de que o Estado dispõe de financeiro para abrir um diálogo mais efetivo, é receita advinda da cota-parte do Fundo de Participação dos Estados (FPE), sendo repassado R$ 300 milhões a mais nos dois quadrimestres de 2025, além do que foi previsto no orçamento para este exercício, conforme os números apresentados no Relatório de Gestão Fiscal (RGF), o que possibilitaria concessões às pautas sindicais.
“A equipe de governo beneficia apenas um pequeno grupo de servidores ligados às fortes carreiras de estado pela concessão de verbas de acervo com impacto de R$ 1,5 milhões por mês na folha de pagamento”, finalizou Gerliano.

