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“Quem votou em Bocalom está colhendo mentiras”, diz vereador sobre promessas não cumpridas e suposto uso irregular de recursos

O vereador Neném Almeida voltou a criticar a gestão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ao denunciar supostas irregularidades no uso de recursos públicos e questionar o cumprimento de promessas eleitorais feitas em 2021. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Neném afirmou que “a mentira reina em nosso município” e chamou atenção para gastos com madeira que, segundo ele, estão sendo armazenadas de forma inadequada e custeadas com dinheiro público da Secretaria Municipal de Saúde.

“Olha só, se você paga um aluguel para guardar a madeira, mas o município banca com as penas da Secretaria Municipal de Saúde. Nós temos fome. E a maioria da madeira está pegando sol e chuva. É um absurdo o que esse prefeito está fazendo”, afirmou o vereador.

Neném também questionou os valores pagos por frete, máquinas e armazenamento, sugerindo que os recursos poderiam ter sido usados para construir centenas de casas de alvenaria.

O parlamentar destacou ainda a promessa de Bocalom de construir 1.001 casas em um único dia, lembrando que, até o momento, o programa “1.001 Dignidades” não entregou nenhuma unidade habitacional. “Quem votou em Bocalom está colhendo mentiras. Promessa não constrói casa, mas derruba voto”, disse Neném em suas redes sociais.

Segundo o vereador, entrevistas e informações fornecidas por representantes da prefeitura, como Paulo Machado e João Marcos Luz, apresentaram números inconsistentes sobre o andamento das obras, reforçando a crítica de que as promessas não foram cumpridas.

O prefeito Tião Bocalom, por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Estado em julho deste ano, instituiu a Comissão de Avaliação e Classificação do Credenciamento Público para contratar empresas responsáveis pela produção e montagem de painéis modulares de madeira de lei, destinados ao programa 1.001 Dignidades. Até o momento, entretanto, nenhuma das casas prometidas foi entregue à população de Rio Branco.

“O senhor João Marcos Luz afirmou que havia quinhentas casas no ano passado. Nós conferimos e vimos que, na verdade, só havia trezentas plantas. O senhor João Marcos e o senhor Paulo Machado repetiram várias vezes que já existiam trezentas casas prontas. Perguntei então: ‘Mostre uma, mostre uma para a gente ir embora’. Sabe o que ele respondeu? ‘Tem trezentas para montar’. Ou seja, não estão prontas”, concluiu.

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