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Procuradoria de Rio Branco veta PL de reajuste salarial a agentes de saúde e de endemias

A Procuradoria-Geral do Município de Rio Branco vetou na quarta-feira (8) o reajuste no piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. A decisão frustrou as expectativas da categoria, que aguardava o envio do projeto de lei prometido para esta terça-feira (8). O veto repercutiu entre os trabalhadores, sindicato e vereadores da oposição.

De acordo com parecer técnico da Procuradoria-Geral do Município, não há necessidade de reajuste, pois a soma dos vencimentos, gratificações por nível superior (20%) e por pós-graduação (10%) já ultrapassaria o valor de dois salários mínimos, patamar determinado pela Lei Federal 11.350/2006 como piso para a categoria.

Desde a semana passada, representantes da categoria estavam mobilizados em frente à Câmara Municipal, com a expectativa de que o projeto fosse protocolado para votação. A base do prefeito Tião Bocalom (PL) havia sinalizado que a proposta seria apresentada nesta sessão. No entanto, o veto da Procuradoria interrompeu o processo.

“A Procuradoria está dizendo que o município não deve nem o piso, nem o retroativo, com base em uma decisão do STF. Mas nós afirmamos: o PCCR da prefeitura prevê o piso com base no salário mínimo. Então está devendo, sim, o piso e o retroativo”, afirmou José Augusto, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Assermurb).

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, vereador José Augusto Aiache (PP), afirmou que o parecer oficial ainda não chegou às mãos da comissão e que prefere se posicionar após análise técnica.

“Tomara que a categoria esteja certa. Se não existir esse tema de repercussão geral no STF, o projeto pode ser votado”, declarou o parlamentar.

Os representantes dos servidores aguardam o retorno do prefeito Tião Bocalom a Rio Branco para uma nova rodada de negociações visando o reajuste salarial para as categorias.

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