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MP investiga prefeitura de Tarauacá por supostas falhas na proteção de mulheres vítimas de violência

Prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno

Promotoria quer saber se município cumpre exigências da Lei Maria da Penha diante de alta taxa de feminicídios no Acre

O Ministério Público do Acre (MPAC) abriu uma investigação para fiscalizar a execução de políticas públicas da prefeitura de Tarauacá voltadas ao enfrentamento da violência de gênero. O objetivo é verificar se o município mantém estruturas como centros de atendimento multidisciplinar e casas-abrigos, conforme determina a Lei Maria da Penha.

A promotora Dulce Helena de Freitas Franco, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Mulher, assinou a portaria que instaurou o procedimento administrativo. A medida foi tomada após o estado registrar 1,8 feminicídios para cada 100 mil mulheres, índice superior à média nacional, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025.

Como parte da apuração, o Observatório de Políticas Públicas do MPAC deve criar um relatório técnico sobre as ações da prefeitura voltadas à população feminina. O estudo será elaborado a partir dos documentos de planejamento e orçamento, como o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), com base no modelo já aplicado em Rio Branco.

A promotoria também determinou que servidores da própria instituição reúnam documentos internos e juntem outras provas para dar andamento ao processo. Segundo a decisão, é fundamental garantir que o poder público cumpra sua obrigação de prevenir agressões, acolher vítimas e promover a equidade de gênero. A resolução foi publicada no Diário Eletrônico do MPAC nesta quarta-feira (22/10).

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