Mais de 200 pessoas que compraram apartamentos em um condomínio de alto padrão em Rio Branco podem ter sido prejudicadas em cerca de R$ 28 milhões. Por causa disso, o Ministério Público do Acre (MPAC) deu início a uma apuração para verificar se houve desvio de recursos no Parkia Boulevard Residencial Clube.
Segundo o órgão, as obras estão paralisadas desde outubro de 2023, apesar da comercialização de 202 unidades. Os compradores alegam que o dinheiro investido deveria ter sido usado no imóvel, mas há suspeita de que os valores foram desviados.
A denúncia aponta Marco Aurélio Gomes Nobre, Leonardo Souza Fonseca e Dennys Cordeiro Senna como responsáveis por ações que teriam retirado ilegalmente os recursos que deveriam estar protegidos por normas do setor de construção civil. Os três são sócios e administradores de empresas ligadas ao Grupo Elite, responsável pelo empreendimento.
Diante das informações, o promotor Dayan Moreira Albuquerque determinou a abertura de um procedimento para investigar o caso. A Promotoria de Defesa do Consumidor vai reunir provas, ouvir os citados e esclarecer os fatos.
Após essa etapa, cabe ao representante do Ministério Público decidir se o caso será levado à Justiça. Se for comprovado que houve prejuízo aos compradores, o processo pode seguir para medidas legais.
O MPAC recomenda que os clientes que se consideram lesados procurem a promotoria para prestar depoimentos ou acompanhar o andamento da investigação.