Estado registra alta de 4,7% nos óbitos infantis e fetais em relação ao ano anterior, segundo levantamento do Ministério da Saúde
O número de falecimentos de recém-nascidos e fetos por causas que poderiam ser prevenidas voltou a subir no Acre em 2025. Entre janeiro e agosto, foram contabilizadas 112 ocorrências no local onde os eventos aconteceram. Esse total representa um acréscimo de 4,7% em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando foram registrados 107 episódios, conforme informações do Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal, mantido pelo Ministério da Saúde (MS).
Rio Branco concentrou a maior parte dos registros, com 73 notificações neste ano. Apesar disso, houve queda de 21,5% em comparação com 2024, quando foram anotadas 93 perdas. Em contrapartida, outros municípios apresentaram crescimento. Feijó passou de quatro para sete ocorrências, enquanto Tarauacá manteve estabilidade, com três casos em 2025 e seis no ano anterior.
O estudo aponta que a maioria das mortes aconteceu nos primeiros dias de vida, o que reforça a importância da assistência à gestante e ao atendimento neonatal. Deficiências no acompanhamento pré-natal, na estrutura hospitalar e no suporte ao parto estão entre os principais fatores que contribuem para esse tipo de desfecho. A situação é mais delicada em cidades do interior, onde o acesso aos serviços médicos é mais limitado.
Panorama geral do Acre em 2025
Os municípios com maior quantidade de óbitos infantis e fetais foram Rio Branco (73), Cruzeiro do Sul (16), Feijó (7), Tarauacá (3), Manoel Urbano (2), Sena Madureira (2) e Porto Walter (2). Em seguida, aparecem Assis Brasil (1), Brasiléia (1), Xapuri (1), Jordão (1), Santa Rosa do Purus (1), Mâncio Lima (1) e Marechal Thaumaturgo (1). Já Rodrigues Alves, Plácido de Castro, Porto Acre, Senador Guiomard, Acrelândia, Epitaciolândia, Bujari e Capixaba não registraram nenhum óbito no período.
Embora os números recentes superem os do ano anterior, ainda estão abaixo dos totais registrados em 2023, quando o estado somou 124 mortes evitáveis no mesmo intervalo. A tendência, segundo técnicos da saúde, exige reforço nas políticas públicas voltadas à proteção materno-infantil, com foco na prevenção e na ampliação da cobertura de serviços essenciais.
O MS disponibiliza as estatísticas atualizadas em sua plataforma oficial, permitindo o acompanhamento mensal por município, faixa etária e tipo de causa. A ferramenta é utilizada por gestores e profissionais para orientar estratégias de enfrentamento e reduzir os índices de mortalidade infantil e fetal no país.
