Os moradores do bairro Papoco estiveram na manhã desta quinta-feira (30) na Câmara Municipal de Rio Branco para participar de uma tribuna popular e denunciar o que chamam de “engano” por parte da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH).
Segundo eles, mais de 70 famílias estão sendo retiradas da comunidade sob o argumento de que assinaram documentos autorizando a mudança para casas populares — algo que dizem não terem consentido.
De acordo com os moradores, o documento que assinaram seria, na verdade, um cadastramento do Sistema Único de Saúde (SUS), e não um termo de concordância para deixar suas residências.
A moradora Maria Sousa relatou se sentir traída pela forma como a situação foi conduzida.
“A gente assinou e eles comunicaram que seria um cadastramento do SUS, pra quando quisesse medicação, quisesse ir ao médico. O posto da Seis de Agosto ia ficar exclusivo pra gente. Agora chegaram dizendo que a gente tinha assinado um documento que queríamos sair da nossa casa. Eu não quero sair. Agora vêm com essas ‘lorotas’. Eu não concordo com isso, sejam verdadeiros.”
O presidente do bairro, Weligton, que está à frente da comunidade há cinco anos, também criticou a postura do secretário João Marcos Luz.
“O secretário nunca adentrou na nossa comunidade. Ele vai até a frente do Instituto São José e começa a mentir pra imprensa, sendo que nenhum morador quer ser retirado. Ele não teve respeito de entrar dentro da nossa comunidade pra conversar comigo, que sou presidente do bairro, e nem com os moradores.”

