quarta-feira, 8 outubro 2025

Lula pede a Trump a retirada da tarifa de 40% sobre produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas a autoridades brasileiras

Redação Folha do Acre

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira, 6, por meio de nota em suas redes sociais, que recebeu um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Lula, a conversa durou cerca de 30 minutos e teve como foco a retomada das relações amistosas entre os dois países.

“Recebi, nesta manhã, telefonema do presidente Trump. Conversamos por 30 minutos e relembramos a boa química que tivemos no encontro em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU”, afirmou Lula em sua nota. “Considero nosso contato direto como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”, acrescentou.

Durante a ligação, Lula ressaltou a importância do Brasil na balança comercial com os EUA e solicitou a Trump a retirada da sobretaxa de 40% sobre os produtos nacionais.

“O Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitei a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras”, disse o presidente.

Trump, por sua vez, designou o secretário de Estado Marco Rubio para conduzir as negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad.

Lula também comentou sobre a possibilidade de encontros presenciais. “Nós concordamos em nos encontrar pessoalmente em breve. Sugeri a Cúpula da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático], na Malásia, reiterei o convite para Trump participar da COP 30, em Belém, e também me coloco à disposição para viajar aos Estados Unidos.”

O presidente destacou ainda a troca de contato direto com Trump como forma de “estabelecer uma via direta de comunicação”. Estavam presentes na conversa o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad e Sidônio Palmeira, além do assessor especial Celso Amorim.

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