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Jorge Viana diz não ter problema em dialogar com Gladson, Alan Rick e Bocalom e critica clima de polarização no Acre

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e possível pré-candidato ao Senado nas eleições de 2026, Jorge Viana (PT) afirmou, em entrevista ao programa Café com Notícias, da TV5, nesta sexta-feira, 31, que não vê problema em dialogar com lideranças políticas consideradas de direita, como o governador Gladson Camelí (PP), o senador Alan Rick (União Brasil) e o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (PL).

“Tem muita coisa em comum. O Alan Rick é jornalista daqui, é senador pelo Acre, tem que respeitar. O Bocalom é prefeito, também tem que respeitar. Já foi meu secretário quando eu era governador. O Alan Rick também foi deputado com a gente. O Gladson também foi candidato conosco. Por que agora o ódio? Por que tratar a gente como inimigo? Quem colocou essa carga ideológica no Acre, eu não sei pra quê. O Acre dava certo. Ele deveria cuidar da cidade”, afirmou Viana.

Durante a entrevista, o ex-governador do Acre também criticou o abandono de espaços públicos e a falta de manutenção em obras realizadas durante sua gestão, citando o Parque da Maternidade, a Biblioteca Pública, o Teatro Plácido de Castro e estações de tratamento de água e esgoto.

“Por que o Parque da Maternidade está abandonado? Por que uma biblioteca está fechada há oito anos? Por que o Teatrão está fechado? Isso me entristece. Não estou falando mal, mas custa cuidar? Por que a estação de tratamento de água que eu fiz não está funcionando? E as de esgoto, lá na Cadeia Velha, também paradas? Eu não sei de onde veio essa coisa do ódio dos últimos tempos”, questionou.

Viana também defendeu uma política baseada em diálogo e cooperação, rejeitando o discurso de confronto. “Antes, éramos todos farinha do mesmo saco. Agora cada um quer ter um saco separado, pra quê? Pra ficar fazendo selfies e xingando os outros na internet? Não contem comigo pra isso”, afirmou.

O ex-senador concluiu dizendo que, caso volte ao Congresso Nacional, pretende trabalhar de forma conjunta com todos os prefeitos e parlamentares, independentemente de partidos ou ideologias. “Quem ganha mandato tem que ser parte da solução, e não parte do problema”, finalizou.

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