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Insistência de Bittar em articular candidatura de Bocalom pode fazer seu grupo perder espaço no governo Gladson

A movimentação do senador Márcio Bittar (União Brasil) para lançar a pré-candidatura do prefeito Tião Bocalom ao governo do Acre em 2026 tem provocado tensão dentro da base aliada do governador Gladson Camelí e pode custar caro ao grupo do parlamentar.

Segundo informações de fontes do Palácio Rio Branco, o grupo de Gladson Camelí já estuda uma recomposição política que inclui o MDB no núcleo do governo, em apoio à pré-candidatura da vice-governadora Mailza Assis. A entrada dos emedebistas na estrutura administrativa é vista como um passo estratégico para consolidar a candidatura de Mailza e, ao mesmo tempo, reduzir a influência de Márcio Bittar, hoje responsável por importantes indicações em cargos de segundo escalão.

Entre as mudanças cogitadas está a substituição do comando da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), presidida atualmente por João Paulo Bittar, filho do senador. O órgão é considerado uma das moedas de troca nas negociações para atrair o MDB ao governo.

Há cerca de duas semanas, o governador Gladson Camelí confirmou a possibilidade de o MDB passar a integrar a atual gestão.

Nos bastidores, a leitura é de que Gladson pretende ampliar sua base em torno de Mailza Assis e afastar a influência de Bittar, que vem insistindo em construir o nome de Bocalom como alternativa ao governo. A estratégia do senador, contudo, tem sido vista como um movimento de confronto direto ao Palácio Rio Branco.

A resistência do grupo de Bittar à candidatura de Mailza tem incomodado aliados próximos da vice-governadora.

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