Michael John Damascena de Almeida, de 33 anos, foi executado por um grupo de cinco homens encapuzados que invadiram a residência onde ele se encontrava, em Assis Brasil, interior do Acre, na noite de quarta-feira (8).
De acordo com informações da polícia, os criminosos invadiram a casa se passando por policiais.
Ainda segundo a polícia, Michael possuía mandado de prisão em aberto no estado da Bahia, acusado, junto com a própria mãe, de envolvimento no assassinato de um músico. Após a emissão do mandado, ele fugiu para o Peru, onde permaneceu foragido por um período, mas retornava com frequência a Assis Brasil, cidade onde buscava abrigo e costumava passar as noites na casa de uma conselheira tutelar, com quem mantinha um relacionamento amoroso.
Apesar de ser procurado pela Justiça, Michael exercia funções no Detran local, cargo que, segundo informações, teria sido obtido por meio da indicação de um vereador do município — fato que tem gerado indignação e questionamentos sobre a falta de rigor nas contratações públicas.
A morte de Michael expõe ainda mais a crise na segurança pública vivida por Assis Brasil. A cidade está sem delegado titular e enfrenta um aumento preocupante nos índices de violência, alimentando um clima de medo e insegurança entre os moradores.
Moradores relatam que, nos últimos meses, casos de execuções, furtos e ameaças têm se tornado cada vez mais frequentes, e pedem ações urgentes das autoridades estaduais para restabelecer a ordem e a sensação de segurança na fronteira acreana.
“Estamos vivendo dias de medo. Ninguém se sente seguro, nem mesmo dentro de casa”, relatou um morador que preferiu não se identificar.
Enquanto a Polícia Militar realiza diligências para tentar identificar os autores do crime, a população segue em alerta e à espera de respostas concretas.