Na manhã desta quarta-feira, 8, o deputado estadual Edvaldo Magalhães fez um alerta sobre a crescente insatisfação dos servidores públicos e defendeu que o Parlamento assuma papel de mediação nas negociações entre as categorias e o governo, especialmente em relação ao Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Saúde, durante sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
O parlamentar comentou a reunião da Comissão de Saúde, presidida pelo deputado Adailton Cruz, que contou com a presença dos deputados Maria Antônia, Tadeu Hassem e Michelle Melo, além de representantes sindicais da área.
“Parafraseando o ditado popular, é agora que a onça bebe água. No tocante ao servidor público, os próximos 60 dias serão decisivos. Haverá desafios a serem enfrentados, e caberá à Assembleia ser mediadora e construtora de soluções nesse momento crucial para essas categorias”, afirmou Magalhães.
Segundo o deputado, o esforço técnico para construção do PCCR tem sido grande — com a participação da Secretaria de Saúde, da Fundação Dom Cabral e dos sindicatos —, mas há entraves políticos que têm retardado o avanço das discussões.
“Há um esforço enorme, com equipes dedicadas e comprometidas, tanto da Sesacre quanto dos sindicatos. Porém, o que se observa é um hiato, uma falta de vontade da área política do governo em costurar o processo. O impacto financeiro já está praticamente calculado, basta apertar uma tecla”, destacou o deputado.
Edvaldo Magalhães também alertou que a demora pode gerar forte desgaste entre o governo e os trabalhadores da saúde, que, segundo ele, estão “à beira do colapso emocional” diante da demora em ver o plano concluído.
“A ausência de um discurso que justifique a não implantação vai ser o rastilho de pólvora para tocar fogo no parquinho. Se o governo não avançar, teremos um embate duríssimo aqui na Casa. O discurso de solidariedade com o servidor, de apoio às suas causas, agora precisa deixar de ser adjetivo para se tornar substantivo”, declarou.