Durante sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 14, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Edvaldo Magalhães denunciou as condições precárias da escola de ensino médio localizada na comunidade indígena Katukina/Kaxinawá, no município de Feijó.
O parlamentar exibiu um vídeo recebido da comunidade, mostrando a estrutura improvisada da unidade escolar. Segundo ele, o espaço é coberto por palha já deteriorada, sem piso e sem condições adequadas para o aprendizado. “Cobriram de palha, sem absolutamente nada, colocaram carteiras e uma pequena lousa para virar uma escola de ensino médio. Mas como é numa aldeia, vai cair no esquecimento”, lamentou.
Magalhães destacou a atuação do professor indígena que leciona na unidade, a quem chamou de “herói anônimo”, e fez referência ao Dia do Professor, celebrado nesta quarta-feira, 15. “Esse professor não vai ter o que comemorar amanhã. Assim como tantos outros que trabalham em condições precárias e que tiveram direitos retirados”, afirmou.
O deputado relembrou ainda a revogação do plano de cargos, carreiras e salários dos trabalhadores em educação, aprovada na legislatura anterior. “Roubaram o plano numa votação covarde. O argumento era mentiroso. Disseram que devolveriam, mas até hoje não devolveram”, criticou.
Além da denúncia sobre a situação da escola, Magalhães também questionou novos pedidos de empréstimo encaminhados pelo Governo do Estado à Aleac. Segundo ele, o Acre perdeu a nota de avaliação fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional, caindo da letra B para C, o que impede o governo federal de avalizar operações de crédito.
“O Estado não fez o dever de casa. E se for para colocar o Fundo de Participação dos Estados (FPE) como analista, eu já adianto que votarei contra. Se fosse para o Tesouro Nacional, como sempre foi feito, porque foi feito o dever de casa na questão fiscal, eu certamente votaria a favor porque sempre votei a favor dos empréstimos de investimento”, concluiu.