O Acre figura entre os estados com menor proporção de médicos do país, com 1,8 profissional por mil habitantes, conforme dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). A média nacional é de 3,07 médicos por mil habitantes, o que evidencia o desafio de oferta e fixação desses profissionais nas regiões mais distantes dos grandes centros urbanos.
O Brasil contabiliza atualmente 630 mil médicos registrados, número que cresce ano a ano, mas de forma desigual. Enquanto o Distrito Federal apresenta densidade de 6,3 médicos por mil habitantes, seguido por Rio de Janeiro (4,3) e Espírito Santo (3,6), os estados da Amazônia Legal e do Nordeste continuam com os menores índices.
Além do Acre (1,8), figuram entre os piores indicadores o Maranhão (1,3), Pará (1,4) e Amapá (1,5). Esses números refletem a concentração dos profissionais nas capitais e a escassez de médicos no interior, especialmente nas regiões amazônicas.
A média mundial é de 3,7 médicos por mil habitantes, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos um médico para cada 1.000 habitantes. Especialistas defendem que políticas de formação, incentivo e fixação de profissionais em áreas remotas são fundamentais para reduzir as desigualdades no acesso à saúde no país.