Entre os dias 8 e 14 de outubro, o Programa de Educação Tutorial de Economia da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizou uma pesquisa de preços das carnes e ovos em 62 estabelecimentos de Rio Branco (açougues e supermercados) e no município de Assis Brasil.
Foram monitorados preços de picanha, filé, coxão mole e duro, fraldinha, fígado, pá com e sem osso, alcatra, patinho, agulha, músculo e cartela de 30 ovos.
Resultados em Rio Branco
Comparando setembro e outubro, observou-se leve alta média de +1,6% nos preços das carnes.
No entanto, essa variação geral esconde diferenças importantes entre açougues e supermercados:
Altas mais expressivas (geral):
Alcatra: +4,34%
Coxão mole: +3,24%
Coxão duro: +3,01%
Pá sem osso: +2,65%
Reduções (geral):
Picanha: -4,52%
Músculo: -1,15%
Diferenças por tipo de estabelecimento:
Açougues – maior valorização:
Picanha: +6,85%
Alcatra: +6,14%
Coxão mole: +4,34%
Supermercados – maior queda:
Patinho: -16,09%
Fígado: -20,69%
Fraldinha: -12,92%
Esses resultados indicam que, enquanto a variação média geral foi positiva (+1,6%), os açougues apresentaram aumento nos preços, refletindo custos logísticos e ajustes sazonais, e os supermercados registraram quedas expressivas.
Cortes nobres
A alcatra apresentou maior valorização geral (+4,34%), enquanto a picanha caiu (-4,52%).
O filé teve leve alta geral (+1,83%), mostrando ajuste moderado nos cortes premium.
Nos supermercados, a queda foi mais acentuada (Picanha: -8,47%; Filé: -9,49%), enquanto nos açougues houve valorização (Picanha +6,85%; Filé +3,13%).
Cortes intermediários
Os cortes apresentaram valorização moderada em açougues (2% a 4%) e quedas nos supermercados (-7% a -16%).
O músculo apresentou leve recuo geral (-1,15%) e pequena queda em supermercados (-5,64%).
Cortes econômicos
O fígado subiu levemente (+1,87% geral), mas caiu fortemente em supermercados (-20,69%) e manteve estabilidade nos açougues (-0,82%).
Cortes populares como pá com osso (+1,31%), pá sem osso (+2,65%) e agulha (+2,03%) tiveram valorização moderada geral, mas quedas nos supermercados (-6,34% a -11,69%), indicando diferença de estratégias comerciais.