Boletim da Sesacre apresenta Rio Branco e Sena Madureira em situação de maior risco; outros onze municípios estão em alerta
O número de registros de dengue no Acre teve forte crescimento em 2025. De 1º de janeiro a 13 de outubro, o governo contabilizou 8.441 casos suspeitos, o que representa um aumento de 113,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os diagnósticos confirmados passaram de 3.167 para 7.120, com alta de 124,8%.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a maioria das confirmações foi feita por exame laboratorial, que respondeu por 63,3% dos casos. Os demais foram identificados por meio de avaliação clínica e critérios epidemiológicos.
Ainda segundo o boletim epidemiológico, a faixa etária mais afetada está entre 20 e 49 anos, com distribuição semelhante entre homens e mulheres.
Além disso, o levantamento mostra que todas as regionais de saúde apresentaram crescimento. A área do Juruá/Tarauacá e Envira concentrou 3.365 confirmações. Rio Branco lidera entre os municípios, com 3.349 ocorrências, seguido por Cruzeiro do Sul (2.572) e Tarauacá (270).
Santa Rosa do Purus descartou as únicas seis notificações feitas até o momento, já que os exames não atestaram dengue, e Jordão analisa cinco possíveis casos da doença. Ambos os municípios são considerados como não infestados.
Vacinação em segundo plano
Apesar da escalada da doença, a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos continua baixa. Apenas 25,9% receberam a primeira dose e 10,1% completaram o esquema com a segunda. Enquanto Manoel Urbano e Jordão apresentaram os melhores índices, a capital, que concentra a maior população do estado, ficou abaixo da média.
Percentual de imóveis com mosquito
O boletim também traz dados sobre o índice de infestação predial, medido pelo segundo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). Neste ano, dois municípios apresentam situação de risco, com índice superior a 3,9%: Rio Branco e Porto Walter.
Outros 11 estão em alerta (Acrelândia, Bujari, Plácido de Castro, Sena Madureira, Feijó, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Brasiléia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Tarauacá) e sete têm situação considerada satisfatória (Capixaba, Manoel Urbano, Senador Guiomard, Xapuri, Marechal Thaumaturgo, Porto Acre e Tarauacá).
Diante desse cenário, a Sesacre reforça a importância da prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito e a ampliação da vacinação, especialmente em áreas com maior circulação do vírus.