A 2ª edição do projeto Som do Acre chegou ao fim com um saldo considerado extremamente positivo pela organização e pelos participantes. Realizado nos dias 11 e 12 de setembro, na Usina de Arte João Donato, em Rio Branco, o projeto reuniu 25 participantes entre grupos e artistas, além de produtores musicais e agentes da cena cultural acreana.
A proposta teve como objetivo mapear, fomentar e fortalecer a música autoral no estado, oferecendo oficinas de formação e criando conexões com o cenário musical nacional. Ao longo de dois dias, os artistas puderam trocar experiências e receber capacitação em temas essenciais para o desenvolvimento da carreira.
No primeiro dia, o produtor cultural Edson Natale ministrou a oficina “Planejamento e Música: como contar melhor a história da sua carreira musical”. Em seguida, a cantora e compositora paraense Áila conduziu a atividade “A música das Amazônias: caminhos e oportunidades”.
Já no segundo dia, a programação contou com o produtor musical Pena Schmidt abordando a música no século XXI, e encerrou com Fernanda Paiva, que trouxe reflexões sobre Estratégias de construção de marca e fortalecimento de carreiras e negócios na música.
Fortalecimento da música acreana
Para a produtora cultural e organizadora da ação, Karla Martins, a realização reafirma o potencial criativo e produtivo da música no Acre.
“O Som do Acre encerrou de maneira muito positiva, agregando diversos músicos, artistas individuais, bandas e produtores musicais de Rio Branco, mas também apontando para a ampliação desse movimento em todo o estado. Foi um sucesso de participação e de resultados, que reafirma a força das potências musicais que sempre existiram no Acre e que continuam a se renovar, como acontece em todos os segmentos artísticos”, avaliou.
Além do impacto das oficinas, Karla relembra a evolução do projeto desde a sua primeira edição.
“No ano passado, realizamos cursos online e levamos bandas acreanas para tocar em São Paulo, na Noite Acreana. Neste ano, trouxemos os profissionais para cá, proporcionando vivência direta com a nossa cena. Agora, duas das bandas participantes já estão confirmadas na programação do Festival Varadouro, que acontece em dezembro”, destacou.
Ainda segundo Karla, mais do que capacitação, o Som do Acre consolidou-se como um espaço de valorização, visibilidade e fortalecimento da música autoral acriana, demonstrando a capacidade do setor de se organizar como cadeia produtiva e gerar novas oportunidades.
O projeto foi contemplado pelo Edital da Política Nacional Aldir Blanc – PNAB, com financiamento da Prefeitura Municipal de Rio Branco, produção da Eita Pau Produções e realização do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura.