quinta-feira, 18 setembro 2025

Servidores denunciam direção de escola em Manoel Urbano por assédio moral, humilhações e ameaças

Redação Folha do Acre

Na manhã desta quarta-feira, 17, uma comitiva de funcionários de uma escola municipal de ensino fundamental em Manoel Urbano entregou uma carta de denúncia ao prefeito Raimundo Toscano Veloso, ao vice-prefeito Alberto Ferreira (Careca), ao presidente da Câmara Municipal, Cleyton Nogueira, e à secretária de Educação, Maria Antônia. O documento reúne acusações de assédio moral, coação, má gestão e condutas que, segundo os trabalhadores, têm afetado diretamente o ambiente escolar.

Na carta, os servidores relatam que a direção adota uma postura de pressão e constrangimento constante sobre a equipe, criando um clima de medo, insegurança e desunião. Entre os episódios narrados, eles afirmam que funcionários são repreendidos em qualquer espaço da instituição, inclusive diante de alunos e pais, o que tem causado situações de humilhação.

Outro ponto destacado é o uso de grupos de mensagens para acusações sem provas contra trabalhadores. Mesmo quando equívocos são confirmados, segundo a denúncia, não há retratação. Os funcionários também alegam perseguição direcionada a servidores que não fazem parte do grupo de confiança da direção.

O documento menciona ainda situações em que a gestora teria colocado pais, alunos e professores frente a frente em salas fechadas, resultando em discussões acaloradas, com risco de agressões físicas e verbais. Em muitos casos, os conflitos chegaram até a delegacia ou a instâncias superiores, sempre deixando os servidores em posição de constrangimento.

Além disso, os denunciantes apontam atitudes como comentários sobre a vida pessoal e a forma de se vestir dos colegas, interferência no setor administrativo, desfazendo decisões já tomadas, e ausência de diálogo com a equipe, o que, segundo eles, enfraquece o sentimento de pertencimento dentro da instituição.

Entre as consequências, os trabalhadores afirmam que o ambiente de trabalho se tornou tóxico, marcado por ameaças, intimidações e decisões unilaterais. A denúncia também relaciona a falta de gestão pedagógica e de apoio aos educadores à queda no rendimento dos alunos, além de provocar reflexos diretos na saúde dos servidores, como aumento de atestados médicos, casos de depressão, desânimo e pedidos de transferência ou demissão.

O grupo solicita providências urgentes às autoridades, incluindo abertura de investigação formal e medidas administrativas que possam reverter a situação.

Funcionários ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, informaram que o prefeito Toscano Veloso recebeu a carta e garantiu que vai adotar providências em relação ao caso.

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