O Tribunal do Júri da Cidade da Justiça, em Rio Branco, condenou nesta quinta-feira (18) o policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto a 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. Ele foi responsabilizado pelo homicídio de Wesley Santos da Silva, pela importunação sexual contra Rita de Cássia da Silva Lopes e ainda por lesão corporal grave.
Além da condenação, o juiz determinou a perda definitiva do cargo público e o encaminhamento das armas e munições apreendidas ao Exército Brasileiro, que ficará responsável por definir a destinação — entre destruição ou doação.
Durante a leitura da sentença, o magistrado ressaltou o encerramento do caso:
— “Chegamos ao final. Na sua lei, a sentença. O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri desta comarca declarou o réu Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto culpado pela prática do crime de homicídio qualificado em desfavor da vítima Wesley Santos da Silva e pelo crime de importunação sexual contra a vítima Rita de Cássia da Silva Lopes, desclassificando o homicídio qualificado tentado em desfavor de Rita de Cássia da Silva Lopes.”
Wesley Santos foi baleado na madrugada do dia 7 de agosto e morreu no dia seguinte, 8 de agosto, em decorrência dos ferimentos. Ele estava no Parque de Exposições Wildy Viana acompanhado da namorada, Rita de Cássia, quando uma confusão terminou em disparos de arma de fogo. Rita também foi atingida com vários tiros, mas sobreviveu.
Em outubro de 2023, a Justiça aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público, tornando Raimundo Nonato réu no processo que culminou na condenação desta semana.
Na fixação da pena pelo homicídio qualificado, o juiz considerou circunstâncias judiciais desfavoráveis e estabeleceu a condenação em 15 anos, 1 mês e 15 dias de reclusão.
No caso da lesão corporal grave contra Rita de Cássia, a pena definitiva foi de 2 anos, 8 meses e 15 dias de prisão.
Já no crime de importunação sexual, também contra Rita, o magistrado destacou duas circunstâncias judiciais negativas na primeira fase de fixação da pena.
Somadas, as penas chegaram a 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.
A defesa do policial penal anunciou que pretende recorrer da decisão e aguarda ainda o julgamento de um habeas corpus. Enquanto isso, Raimundo Nonato permanece preso.