Na manhã desta quarta-feira, 17, policiais penais provisórios ocuparam o Salão Marina Silva, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em protesto contra a ameaça de demissão que pode atingir cerca de 100 profissionais da categoria a partir do dia 22 deste mês.
Os trabalhadores alegam que, após nove anos atuando no sistema prisional acreano, estão sendo deixados de lado pelo governo do Estado e temem não apenas o desemprego, mas também possíveis represálias de facções criminosas.
O policial penal provisório e líder do movimento, Juranilson Kagy, fez um apelo às autoridades para que haja diálogo e solução imediata para a situação.
“A nossa manifestação hoje é pela renovação dos nossos contratos. Há nove anos estamos no sistema prisional e agora nos sentimos injustiçados. Estamos à mercê das facções, correndo risco de derramamento de sangue. São pais de família que ficarão desempregados. Queremos ver o que o governo do Estado pode fazer por nós”, declarou Juranilson.
Kagy destacou ainda que o pedido não inviabiliza a convocação dos aprovados em concurso público, e que a manutenção dos contratos não teria impacto significativo na folha de pagamento do Estado.
“O Executivo tem condições de resolver isso. O sistema prisional está em colapso e nós também estamos passando por momentos difíceis, enfrentando doenças, inclusive psiquiátricas. Estamos pedindo socorro ao Estado, pelo qual tanto contribuímos”, acrescentou Kagy.
Os policiais penais provisórios aguardam uma resposta do governo e afirmam que continuarão mobilizados até que haja uma decisão definitiva sobre seus contratos.