Na manhã desta terça-feira, 9, policiais penais marcaram presença no salão Marina Silva, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em ato de protesto contra o que classificam como descaso e abandono por parte do poder público.
De acordo com Leandro Rocha, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Acre (Sindpol/Acre), as principais reivindicações ainda não foram cumpridas, entre elas estão a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), o descongelamento da antitulação de sexta parte, além da regulamentação estrutural da Polícia Penal.
“Hoje é um grito de revolta. Nós temos nossas pautas entregues ao governo, mas nada avança. Os policiais estão sobrecarregados, há colegas aguardando nomeação e posse após o concurso, e nada é feito. Os reflexos atingem não apenas a categoria, mas toda a sociedade, que clama por segurança”, afirmou Rocha.
O sindicalista destacou ainda que os problemas enfrentados vão além de questões institucionais e se tornaram um problema de Estado. “Fuga de presos é subversão da ordem e deixa a sociedade à mercê do crime. É preciso que o governador e a Secretaria de Segurança Pública tomem providências urgentes”, reforçou.
Outro ponto em pauta na Aleac nesta terça-feira é a votação da derrubada do veto governamental ao projeto que cria o CNPJ da Polícia Penal, considerado pelo sindicato uma medida fundamental para corrigir falhas institucionais e fortalecer a estrutura da categoria.
Sobre o concurso público, Rocha disse que há candidatos já aprovados e formados aguardando nomeação. “O governo alega que o processo está em andamento, mas precisamos de celeridade. O sistema está falido, os policiais estão sobrecarregados, adoecendo física e psicologicamente, e temos registros de suicídios. A urgência é extrema”, alertou.
O movimento contou com apoio da categoria e buscou chamar a atenção dos parlamentares para as demandas, que, segundo o sindicato, são essenciais para garantir melhores condições de trabalho e mais segurança à população acreana.