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“Não podemos generalizar um caso isolado”, diz secretário sobre denúncia de comida escolar com larvas

O secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, falou durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista, da Tv Gazeta, nesta segunda-feira, 1°, sobre o caso envolvendo a Escola Lourival Pinho, em Rio Branco, onde um aluno registrou, na última terça-feira, 26, um vídeo que mostrava um prato de comida supostamente contaminado por larvas vivas, conhecidas popularmente como “tapuru”.

Segundo o secretário, a denúncia chamou atenção pela gravidade, mas também gerou estranheza. “Os alimentos que estavam no prato — arroz, macarrão, feijão e carne — passam por um processo de cocção, ou seja, fervura acima de 100 graus. Tecnicamente, seria impossível que um inseto permanecesse vivo após esse preparo. Mesmo assim, pedimos a imediata intervenção da equipe de nutrição para investigar o ocorrido”, afirmou.

A Escola Lourival Pinho atende mais de mil alunos e, conforme Carvalho, apenas um prato apresentou o problema. “Não podemos generalizar um caso isolado e colocar em dúvida a qualidade do programa. Hoje, 130 mil refeições são servidas diariamente em todo o estado. É uma logística gigante, que pode ter falhas, mas que buscamos corrigir sempre”, disse.

O secretário destacou ainda o papel do programa Prato Extra, criado pelo governador Gladson Cameli, que garante, além da merenda tradicional, um almoço completo com arroz, feijão, carne, macarrão e farofa em 95% das escolas da rede.

“Esse programa tem garantido a segurança alimentar de milhares de estudantes, muitos dos quais encontram na escola a principal refeição do dia”, ressaltou o secretário.

Carvalho lembrou que a iniciativa também fortalece a agricultura familiar, já que parte significativa dos alimentos é adquirida diretamente de produtores locais. Em 2024, o investimento na compra desses produtos chegou a R$ 30 milhões.

Apesar do episódio, o secretário reforçou a importância de discutir a qualidade da educação de forma mais ampla, destacando que o grande desafio no Acre e no país é garantir a alfabetização plena até o segundo ano do ensino fundamental.

“No ano passado, 83% das nossas crianças sabiam ler e escrever. Queremos avançar ainda mais, mesmo diante das dificuldades que temos na região amazônica”, completou Carvalho.

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