O resultado do inquérito que investiga o grave acidente ocorrido em 17 de abril, no km 132 da Via Verde, próximo à Terceira Ponte, em Rio Branco, foi apresentado na manhã desta terça-feira, 30. Na ocasião, uma caminhonete conduzida por Talysson Duarte invadiu a pista contrária e colidiu com três motocicletas, resultando em três mortes e deixando uma única sobrevivente, Raiane Xavier, que segue em recuperação domiciliar.
Entre os mortos estavam funcionários da empresa Estação VIP: Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu no local; Carpegiane Freitas Lopes faleceu dias depois; e Fábio Farias de Lima morreu em 22 de abril, na UTI do Pronto-Socorro, após múltiplos ferimentos.
O delegado Karlesso Nespoli, responsável pelo caso, detalhou o trabalho de investigação e esclareceu pontos sobre a pena que poderá ser aplicada.
“É complicado falar em pena, né? A pena máxima vai até cinco anos, mas quem pega pena máxima? São penas que geralmente são transformadas em outras medidas, não necessariamente prisão. Nosso trabalho foi feito de forma completa, dentro das ferramentas que tínhamos, buscando apoio externo quando necessário. Agora entregamos o trabalho à Justiça, que vai decidir como será aplicada a penalidade”, explicou Nespoli.
Nespoli também comentou sobre a condução e liberação do motorista no momento do acidente. “Não há nenhuma informação ou testemunha de que o condutor tivesse qualquer ligação com a PRF, policial ou político. A lei prevê que em certas situações, como no artigo 311, o flagrante não gera prisão imediata. Mesmo que ele fosse conduzido à delegacia, seria liberado. Isso não prejudicou o processo; o inquérito foi feito de forma técnica e imparcial”, declarou.
O delegado ressaltou que a investigação teve como objetivo reunir todos os elementos possíveis para entender a dinâmica do acidente, que ocorreu em condições adversas de chuva intensa e envolveu múltiplos veículos.
O caso segue agora para análise do Ministério Público, que deverá decidir se oferece denúncia formal contra Talysson Duarte. Enquanto isso, familiares das vítimas aguardam a tramitação judicial, cobrando responsabilização pelo acidente que resultou na morte de três pessoas.