Uma reunião marcada para esta quinta-feira, 18, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), entre deputados e policiais penais provisórios, terminou em frustração. Apesar dos convites encaminhados a representantes do Governo do Estado, Ministério Público, Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Secretaria de Segurança Pública e Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), nenhum deles compareceu. O único parlamentar presente foi o deputado estadual Afonso Fernandes.
Fernandes lamentou a ausência das autoridades e disse sentir “indignação com a falta de compromisso”. Segundo ele, os convites haviam sido reforçados desde a quarta-feira, 17, quando levantou questão de ordem para que os órgãos envolvidos participassem do debate.
“Infelizmente, todos foram convidados, mas ninguém se fez presente. O sentimento meu hoje é o pior possível, e eu imagino o de vocês. Não tenho palavras para expressar a minha indignação”, declarou o parlamentar.
O deputado afirmou ainda que seguirá buscando uma saída para a situação dos policiais penais provisórios e informou que terá reunião com representantes da Casa Civil. “Eu sei do esforço de cada um de vocês. O problema não será resolvido aqui, mas continuo acreditando que ainda é possível encontrar uma solução”, acrescentou.
Representando a categoria, o policial penal Juranilson Kagy criticou a postura do governo e classificou a ausência de autoridades como “uma vergonha”.
“Esse governo que diz que se preocupa com o desemprego, que fala tantas coisas, não enviou nenhum representante. Isso é uma vergonha para quem acorda cedo e luta todos os dias para sustentar sua família”, afirmou Kagy.
O advogado dos policiais, Luiz Ribeiro, reforçou que a questão depende de decisão política. Ele lamentou a falta de diálogo por parte do governo e destacou que, ao menos, deveria ter havido respeito com a presença da categoria.
“Que fique registrado nos anais desta casa: neste dia, 18 de setembro de 2025, os representantes que poderiam estar aqui, talvez não para resolver, mas para ouvir, não vieram. Fica nossa indignação e insatisfação”, disse o advogado.
Ao final, Fernandes pediu desculpas aos policiais pela reunião frustrada, mas reiterou que não abandonará a pauta.
“Peço, inclusive, desculpas a vocês por ter provocado essa reunião e ela não ter acontecido. Mas podem ter certeza de que não há demagogia da minha parte, nem a intenção de brincar com o sentimento de vocês. Pelo contrário, meu desejo sempre foi o de contribuir”, concluiu.