O secretário de Estado de Governo, Luiz Calixto, afirmou nesta segunda-feira, 8, em entrevista ao programa Gazeta Entrevista, que a prioridade da atual gestão é fortalecer a pré-candidatura da vice-governadora Mailza Assis ao governo do Acre em 2026. Calixto também criticou a postura do senador Alan Rick, afirmando que o parlamentar “está se comportando como se já fosse governador do Acre”, mas destacou que ele “ainda não venceu nenhuma eleição para o cargo e não vai vencer”.
“O Alan está se comportado como se já fosse governador do Acre. Ele não ganhou a eleição e nem vai ganhar. É uma forma prepotente, uma forma arrogante, uma forma muito autossuficiente de achar que sem as emendas dele o Acre não vai funcionar. O Acre vai funcionar com as emendas dele, porque ele não tem outra alternativa”, declarou o secretário.
Calixto rebateu as declarações do senador Alan, que recentemente disse ter sido vítima de rompimento político por parte do Palácio Rio Branco.
“Vítima do que mesmo? Nós temos que tratar a política de forma mais séria. Nós temos uma candidata, chama-se Mailza Assis. Então, toda a estrutura de governo, todas as ações de governo são voltadas para o fortalecimento da candidatura da nossa atual vice-governadora. Você não pode ter dentro de um governo dois candidatos. Não cabe, porque se não você desorienta as pessoas”, disse o secretário.
Segundo Calixto, o senador será respeitado em sua pré-candidatura, mas o governo estadual não pode abrir espaço para uma “dubiedade política”. “Nós vamos enfrentá-lo e vamos derrotá-lo, mas não podemos ter duas candidaturas dentro do governo. Nós cometemos um erro gravíssimo na eleição de 2022. Nós tínhamos um candidato ao senado, Ney Amorim. Foi convidado pelo governador, foi para o embate, foi para a luta e 70% do governo apoiava o Alan. Esse erro não vai se repetir”, afirmou.
O secretário também criticou o que chamou de “discurso de vitimismo” por parte de Alan Rick. “Ele sabe que o jogo é esse. Se um dia ele for governador do Acre, ele não vai permitir que no governo dele tenha dois candidatos. Essa coisa do coitadismo, do vitimismo, isso não cola mais não”, disse.
Outro ponto abordado foi a relação do governo com as emendas parlamentares. Calixto reforçou que os recursos são importantes, mas não devem ser tratados como favores pessoais. “As emendas são obrigação dos parlamentares, não concessões. Muitas vezes não chegam a cobrir nem 30% de uma obra, e o Estado precisa complementar o restante com recursos próprios. Não podemos permitir que um parlamentar coloque o governo de joelhos como se estivesse fazendo um favor”, pontuou.
Ele citou como exemplo o viaduto da Avenida Ceará, em Rio Branco, cuja obra está orçada em R$ 41 milhões, sendo R$ 17 milhões de emenda e R$ 24 milhões do governo estadual. “As emendas são bem-vindas, mas quem sustenta a execução das obras é o Estado”, destacou.
Calixto também declarou que a base governista está unida em torno da candidatura de Mailza Assis e da eleição do governador Gladson Cameli ao senado. “Não vejo nenhum parlamentar que esteja destoando e também nenhum deles será coagido a apoiar. Eu desconheço um que não esteja nesse propósito. Evidentemente que se algum parlamentar não apoiar, nós vamos entender. Nós somos democratas, sabemos conviver na diversidade, sabemos conviver com os contrário”, assegurou.
Para o secretário, a estratégia eleitoral será construída em torno da federação formada pelo Progressistas e União Brasil, com expectativa de eleger até 13 deputados estaduais e ampliar a representação federal.
“O que elege mesmo é o número total de votos. Talvez, pela primeira oportunidade nós vamos eleger oito deputados federais. O lado da federação, elegendo cinco, e o lado de um outro agrupamento que vai se formar com o PSDB”, concluiu Luiz Calixto.