O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, admitiu nesta terça-feira, 2, em entrevista ao programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, que pretende disputar o Senado em 2026 e não descarta voltar a concorrer ao governo do Acre no futuro.
“Minha candidatura não é para ganhar de ninguém, mas para defender o Acre. O Senado é o único lugar em que o Acre pode ser do tamanho de São Paulo, com três senadores cada. Se tivermos alguém com experiência e amor pelo estado, podemos voltar a ser respeitados em Brasília”, afirmou Viana.
Ele ressaltou que sua disposição para concorrer está ligada à atual situação do Acre. “Se o Acre estivesse dando certo, eu nem seria candidato. Mas diante da situação atual, se puder ajudar, não vou ficar de braços cruzados”, disse.
Durante a entrevista, Viana também criticou o governo anterior, que, segundo ele, “deu as costas para o Acre”. “Foram quatro anos sem uma casa, sem hospital, sem escola, sem eletrificação rural e sem investimentos na BR-364”, destacou.
Viana também exaltou obras realizadas em parceria com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, Lula foi o presidente que mais apoiou o estado e o que mais esteve presente no Acre.
“Primeiro que o presidente tem um amor muito grande pelo Acre, já provou isso tomando atitude. No tempo do Lula, o Acre sempre foi melhor. Foi com ele que conseguimos levar eletrificação rural para todas as fazendas e assentamentos, construir hospitais, escolas, universidades e recuperar a BR-364, que antes só funcionava três meses por ano”, disse o presidente da Apex.
Ele ainda relembrou a homenagem feita a FHC no fim de 2002, durante a inauguração da Estrada do Pacífico. “O Lula tinha acabado de ser eleito e eu fui nele dizer que queria reconhecer a ajuda que Fernando Henrique nos deu. Ele me incentivou: ‘Faça isso, porque é isso que eu quero que façam comigo’. Fizemos a festa e foi um momento lindo”, contou.
O ex-governador também destacou obras como a ponte de Assis Brasil, o anel viário de Rio Branco, o Parque da Maternidade e os oito aeroportos construídos ou reformados em sua gestão. “Eu sempre gostei de inaugurar obras com festa, porque era conquista do povo. Na minha época, o Acre prosperava. Hoje eu sofro de ver o abandono: a Biblioteca da Floresta fechada, o Parque da Maternidade destruído, o Teatrão sem condições de uso”, lamentou.