Estudantes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Acre (UFAC) denunciaram, por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, as condições precárias de um caminho que liga o restante do campus ao bloco da graduação, considerado o mais distante da instituição.
Pelo percurso oficial, os estudantes precisam percorrer cerca de dois quilômetros para chegar ao bloco, localizado em uma área isolada do campus. Para reduzir a distância, muitos optam por um caminho paralelo dentro da universidade, que se tornou alvo das reclamações. Segundo os estudantes, a rota apresenta problemas graves: é de terra, sem iluminação, e se torna lamacenta durante o período chuvoso e empoeirada no verão, tornando o trajeto inseguro e desconfortável.
O bloco de Medicina Veterinária é, ainda, o único do campus que não conta com parada de ônibus, o que obriga os estudantes a percorrer grandes distâncias a pé, mesmo em horários de calor intenso ou à noite.
Nos comentários do vídeo, outros estudantes relataram situações preocupantes. Um deles disse:
“Sigo dizendo sempre sobre o quão perigoso é essa trilha, de quantas vezes já vi homem suspeito parado sem fazer nada olhando as meninas passarem às 7 da manhã, com qual intuito? Muito esquisito, sorte minha não usar mais essa trilha e ter opção de carona, não é só a falta de asfalto e iluminação, parece que estamos reclamando muito, sei que parece, mas não é reclamação, é pedir pelo básico mesmo, o curso já é integral e tem gente saindo de noite por essa trilha, inadmissível.”
Outro estudante destacou o impacto sobre pessoas com mobilidade reduzida:
“Já vi um senhor cadeirante ser obrigado a sair do bloco de veterinária para ir para outra parte da UFAC pelo caminho mais longo, no sol quente, porque nesse “atalho” ele não conseguia passar! É um descaso sem tamanho!!”
Os estudantes afirmam que já buscaram soluções junto ao centro acadêmico do curso e mantiveram diálogo com a reitora da UFAC, Guida Aquino, que teria se comprometido a melhorar a infraestrutura do caminho ainda no verão deste ano. Entretanto, segundo os alunos, nenhuma ação efetiva foi tomada até o momento.
Diante da situação, os estudantes pedem uma mobilização mais concreta da gestão da universidade para garantir segurança, acessibilidade e condições mínimas de mobilidade dentro do campus.
A UFAC ainda não se manifestou oficialmente sobre a denúncia.
Veja o vídeo: