A corrida pelas duas vagas ao Senado em 2026 caminha para ser uma das mais disputadas já registradas no Acre. Com a médica e ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB) declarando sua intenção de concorrer e o deputado federal Eduardo Veloso (União Brasil) admitindo ao Blog do Crica que seu grupo político avalia lançar seu nome, o cenário se desenha com pelo menos sete pré-candidatos de peso.
Além de Jéssica e Veloso, já estão confirmadas as pré-candidaturas do governador Gladson Cameli (PP), do senador Sérgio Petecão (PSD), do senador Márcio Bittar (PL), do ex-senador Jorge Viana (PT) e da deputada federal Mara Rocha (Republicanos). Todos os nomes que se colocam na disputa já ocuparam ou ocupam cargos relevantes, o que elimina a presença de estreantes no pleito e reforça a ideia de um embate entre políticos experientes.
O cenário se torna ainda mais complexo pela fragmentação ideológica. Enquanto Jorge Viana surge como o único representante do campo da esquerda, com possibilidade de consolidar esse eleitorado, os votos da direita tendem a se dividir entre várias candidaturas.
A eventual entrada de Eduardo Veloso, no entanto, levanta questionamentos sobre sua viabilidade dentro da federação formada por PP e União Brasil. Isso porque a prioridade do grupo governista já está voltada para Gladson Cameli, e a disputa pelo posto de segundo nome é liderada por Márcio Bittar, que controla o PL com fundo eleitoral robusto e tempo de TV, e Sérgio Petecão, que mantém boa relação com a pré-candidata ao governo Mailza Assis (PP).
Para viabilizar seu projeto, Veloso teria que enfrentar figuras consolidadas dentro da própria base ou buscar uma alternativa fora da federação. A possibilidade não está descartada, mas, por enquanto, o tabuleiro segue embaralhado.
O que se sabe é que, pela quantidade de nomes e pela força política de cada um, a disputa pelo Senado em 2026 tende a ser marcada por reviravoltas e negociações intensas, num cenário em que nenhuma candidatura pode ser considerada amadora.