Na manhã desta terça-feira, 9, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Fagner Calegário se pronunciou sobre a fuga de oito detentos registrada no último fim de semana em Cruzeiro do Sul. O parlamentar demonstrou preocupação com a recorrência desses episódios e criticou a falta de informações sobre recapturas.
“Mais uma vez tivemos fuga em Cruzeiro do Sul. Oito detentos conseguiram escapar. E a gente se pergunta: o que está acontecendo? Porque a gente ouve falar das fugas, mas não vê noticiado que eles foram recapturados”, destacou Calegário.
O deputado ressaltou ainda que, ao dialogar com policiais penais que estiveram na Aleac em manifestação pacífica, ouviu relatos preocupantes sobre a precariedade do sistema. Segundo ele, não se trata apenas de troca de diretores, mas de um problema estrutural.
“Talvez troquem o diretor e o problema continue. Escutamos até colegas dizerem: ‘Era melhor quando era no PT’. É duro ouvir isso, mas demonstra que a categoria se sente abandonada”, afirmou o deputado.
Calegário lembrou que, em diferentes governos, houve valorização de outras forças de segurança, mas que os policiais penais ainda aguardam avanços prometidos. Ele reforçou a importância da criação de um CNPJ próprio para a categoria, o que possibilitaria buscar investimentos e estruturação.
Diante da situação, o deputado sugeriu a formação de uma comissão parlamentar para visitar as unidades prisionais do Estado. “Precisamos ouvir os colegas que estão batendo o cadeado, porque são eles que vivem a realidade e, muitas vezes, acabam responsabilizados pelas fugas. Não podemos normalizar esses episódios”, alertou.
O parlamentar sugeriu que os deputados, além do também policial penal e deputado Arlenilson, integrem a comissão para realizar visitas aos presídios de Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.
Por fim, Calegário destacou a gravidade do problema e pediu atenção redobrada do governo estadual. “Não podemos fazer de conta que nada está acontecendo. A segurança da sociedade está em jogo, e precisamos tratar esse assunto com a seriedade que ele exige”, concluiu.