O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), em favor da absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, na última quarta-feira, 10, gerou forte repercussão entre políticos acreanos. Nas redes sociais, o senador Márcio Bittar e o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco, João Marcos Luz, celebraram a decisão.
Para Bittar, “acabou o teatro”. O parlamentar disse ainda que “Luiz Fux não deu um voto, deu uma aula de direito”. “Decidiu pela incompetência absoluta do STF e reconheceu o cerceamento da defesa. Votou pela nulidade de todo o processo contra Bolsonaro e os demais réus. É a confissão, vinda de dentro, de que tudo não passa de uma farsa”, escreveu o senador.
Já o secretário João Marcos Luz destacou que o posicionamento do ministro foi “um voto sem políticas, um voto técnico, respeitando as instituições, respeitando a liberdade de expressão”. Segundo ele, “a esquerda está por trás de todas as mazelas do nosso país e do mundo. A esquerda é assassina, quando não assassina a reputação, assassina de verdade. É contra essa esquerda que nós temos que colocar toda nossa energia para enfrentá-la”.
Apesar do voto de Fux, o julgamento segue em andamento. Até o momento, o placar está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro e outros sete réus. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação, enquanto Fux divergiu, rejeitando integralmente a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR havia pedido a condenação do ex-presidente por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. A pena poderia chegar a 30 anos de prisão.
Ainda faltam dois votos para a definição do resultado final no Supremo.