A Associação dos Militares do Acre (AME/AC) protocolou, na última quinta-feira (25), uma representação no Ministério Público do Estado contra o prefeito de Sena Madureira, em razão de um episódio de desobediência registrado durante a cavalgada realizada no município.
Segundo boletim de ocorrência lavrado pela guarnição de serviço, após a cavalgada houve grande aglomeração de pessoas em um ponto de festa, onde se registraram confusão generalizada e até uma tentativa de homicídio. Diante da situação, os policiais determinaram o desligamento do som para dispersar o público e evitar novos transtornos.
Entretanto, conforme consta no BO, o prefeito Gerlen Diniz presente no local teria incentivado os participantes a permanecerem na festa, em contrariedade à ordem policial. A atitude acabou inflamando parte da população, o que levou a guarnição a recuar para evitar o agravamento do conflito. O caso foi posteriormente formalizado e encaminhado à Delegacia de Sena Madureira.
O comando do 8º Batalhão da Polícia Militar informou que elaboraria um relatório sobre o episódio e o encaminharia ao Ministério Público. A AME, por sua vez, decidiu protocolar um ofício no MP, anexando vídeos, matérias da imprensa local e o boletim de ocorrência. No documento, a entidade cita dispositivos legais que embasam a atuação dos policiais, entre eles o artigo 330 do Código Penal (desobediência) e o artigo 17 da Lei 1.802/1953 (instigação à desobediência coletiva à ordem pública).
“O nosso objetivo é que haja uma investigação rigorosa sobre a conduta do prefeito, para que situações como essa não comprometam a autoridade policial e a manutenção da ordem pública”, afirmou o presidente da AME, Jean Messias.
O Ministério Público deve analisar os documentos apresentados e decidir sobre a abertura de procedimento investigativo.