sexta-feira, 3 outubro 2025

Acre registra crescimento de 4% no rebanho e bate recorde de abate de bois em 2024

Por Kauã Lucca, da Folha do Acre

O Acre encerrou 2024 com aumento de 4% no número de animais criados, alcançando 8,3 milhões de cabeças entre bois, galinhas, porcos, cavalos, ovelhas, cabras, codornas e búfalos. Sozinhos, bois (5,1 milhões) e galinhas (2,7 milhões) representaram 96% desse total, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Destaque para o rebanho bovino e de aves

Entre os municípios, Rio Branco lidera o ranking de bovinos, com 674.973 cabeças, seguido por Sena Madureira (586.666), Senador Guiomard (403.282), Brasiléia (384.883) e Bujari (380.087).

Na avicultura, o estado registrou crescimento de 2%, passando de 2,7 milhões para 2,77 milhões de galinhas. Senador Guiomard se manteve na frente com 474 mil aves, à frente de Brasiléia (392.130), Rio Branco (253.052), Epitaciolândia (234.660) e Tarauacá (193.200).

A criação de porcos permaneceu praticamente estável, com 159.189 animais, leve queda de 0,3%. Já os rebanhos de cabras e ovelhas cresceram, respectivamente, 8% e 2,4%.

No abate de bovinos, o Acre registrou o maior volume dos últimos quatro anos: 563.599 bois foram abatidos em frigoríficos em 2024, alta de 21% em relação a 2023, quando o número foi de 466.875.

O leite e os ovos se consolidaram como os principais responsáveis pelo avanço no valor da produção. O leite movimentou R$ 71,5 milhões, crescimento de 14%, impulsionado pelo preço médio. Já os ovos alcançaram R$ 70,7 milhões, avanço expressivo de 34% com aumento da produção.

A produção de ovos está concentrada em três municípios: Senador Guiomard (6,7 milhões de dúzias), Rio Branco (912 mil) e Cruzeiro do Sul (866 mil), que juntos respondem por 84% do total estadual.

Na piscicultura, houve redução de 7% na despesca, que caiu para 2,3 mil toneladas. Apesar disso, o valor da produção aumentou 8% e chegou a R$ 35,7 milhões. Brasiléia lidera o setor, com 360 toneladas, seguida por Rio Branco (253 t), Cruzeiro do Sul (238 t), Mâncio Lima (197 t) e Rodrigues Alves (178 t).

Publicidade