Agentes do sistema penitenciário e candidatos aprovados no último concurso da Polícia Penal do Acre realizaram, nesta terça-feira, 16, uma manifestação em frente ao Palácio Rio Branco. O ato reuniu representantes da categoria e sindicatos que cobram a convocação de novos servidores e melhores condições de trabalho para os profissionais da segurança penitenciária.
De acordo com os manifestantes, o déficit de pessoal ultrapassa 600 servidores, o que compromete o funcionamento das unidades prisionais no estado. Embora o governo tenha convocado 183 novos profissionais, a categoria afirma que o número é insuficiente diante da sobrecarga enfrentada atualmente.
O policial penal Janes Peteca, integrante da Federação dos Servidores Públicos do Estado, destacou a gravidade da situação:
“Esse movimento é pela valorização do trabalhador como um todo. O concurso tem mais de 300 pessoas aguardando chamada, mas o governo convocou apenas cerca de 183. Isso não supre a necessidade, já que dentro do sistema temos uma grande quantidade de provisórios. A classe está doente pela sobrecarga de trabalho. Não vemos o governo como inimigo, mas precisamos de uma comissão permanente para discutir essa realidade. Já alertamos em outros anos sobre o risco do crescimento das facções e até de rebeliões, mas não fomos ouvidos”, afirmou.
Uma candidata aprovada no concurso também reforçou o pedido por novas convocações: “Nós fizemos o curso de formação, fomos treinados, 308 candidatos concluíram o processo. No entanto, apenas 170 foram chamados, quando o edital previa 261 vagas. Muitos deixaram empregos e têm famílias para sustentar. Estamos preocupados e tristes, pois não recebemos nenhuma resposta sobre quando os demais serão convocados. Queremos apenas exercer a função para a qual nos preparamos”, declarou.
Os manifestantes afirmam que continuarão mobilizados até que o governo apresente uma posição oficial sobre novas contratações.