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Trump ameaça China com novas tarifas se não exportar ímãs de terras raras

Foto: Yuri Gripas/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira (25) a China com a imposição de tarifas de cerca de 200% sobre os produtos chineses que entrarem nos Estados Unidos caso Pequim não acelere suas exportações de ímãs de terras raras. “Eles têm que nos dar ímãs”, afirmou o republicano. “Se não nos derem, então teremos que cobrar uma tarifa de 200% ou algo assim. Mas não acho que vamos ter problemas com isso”, acrescentou o mandatário americano na presença de seu contraparte sul-coreano, Lee Jae-myung, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

A China é a principal produtora mundial de terras raras, utilizadas para fabricar ímãs essenciais para as indústrias automotiva, eletrônica e de defesa. No entanto, no início de abril, Pequim impôs licenças de exportação para esses materiais estratégicos, uma decisão percebida como medida de retaliação diante das tarifas americanas.

Pequim e Washington embarcaram então em uma verdadeira guerra comercial, respondendo cada um aos aumentos tarifários do outro, até atingir cifras de três dígitos de ambos os lados. Desde então, as negociações entre as duas maiores potências mundiais permitiram reduzir as tensões, e o governo chinês se comprometeu a acelerar a concessão de licenças a uma série de empresas norte-americanas.

“Acho que temos uma relação estupenda com a China, falei recentemente com o presidente Xi [Jinping] e, em algum momento do ano, deveríamos visitar a China”, disse Trump. O mandatário norte-americano acrescentou: “Eles têm algumas cartas. Nós temos cartas incríveis, mas não quero jogá-las. Se eu as jogasse, destruiria a China”.

Representantes americanos e chineses se reuniram em três ocasiões nos últimos meses a fim de resolver uma série de questões relativas às suas relações comerciais. Após essas reuniões, ambos os países chegaram a um acordo, reduzindo temporariamente as tarifas para 30% por parte dos Estados Unidos e para 10% por parte da China. O acordo tinha validade por um período de 90 dias, que já foi prorrogado pela segunda vez até o próximo novembro.

Washington, por sua vez, já demonstrou certo descontentamento, acusando a China de retardar deliberadamente o processo de concessão de licenças para a exportação de terras raras.

Jovem Pan

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