O setor de serviços no Acre registrou retração de 2,1% no acumulado do ano, segundo levantamento do BB Assessoramento Econômico divulgado em agosto. O resultado coloca o estado entre os de pior desempenho do país, à frente apenas do Rio Grande do Sul, que amargou queda de 10,4%, e logo atrás de Roraima, que caiu 1,6%.
O cenário contrasta com a média nacional: no Brasil, o setor cresceu 2,5% no mesmo período, mesmo com uma expansão discreta de apenas 0,1% entre abril e maio. Apenas nove estados conseguiram avançar no mês, com destaque para Amapá (2,7%), Mato Grosso (2,5%) e Rondônia (2,3%).
Na região Norte, o contraste é evidente. Enquanto Acre e Roraima encolheram, Amapá e Rondônia lideraram o crescimento. Analistas avaliam que a região deve manter um ritmo mais acelerado do que o restante do país, sustentada por exportações de commodities do Pará, Rondônia e Tocantins, além das expectativas em torno da Conferência do Clima da ONU (COP-30), marcada para 2025 em Belém (PA).
O comércio varejista brasileiro recuou 0,2% entre abril e maio, frustrando a projeção de crescimento de 0,2%. Apesar disso, no acumulado do ano o setor ainda avança 2,2%. Amapá e Santa Catarina se destacaram, com altas de 9% e 7%, respectivamente.
As projeções para o próximo ano indicam crescimento de 2,2% no PIB de serviços do Brasil. A região Norte deve liderar, com previsão de expansão de 3,6%, seguida pelo Centro-Oeste (3,0%). O Sul, em contrapartida, deve apresentar a menor taxa, de apenas 1,5%.