A tensão entre o governo do Acre e os servidores da Saúde voltou a ganhar força nesta terça-feira, 5, com uma paralisação de advertência organizada por diversas categorias da área. O ato aconteceu em frente à sede da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em Rio Branco, e teve como principal reivindicação a agilidade na tramitação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
A proposta apresentada pelo governo prevê que o projeto passe por análise de três secretarias, com prazos escalonados para apresentação de pareceres: 30 de julho, 30 de agosto e 30 de setembro. Os trabalhadores consideram o cronograma demasiadamente extenso, sobretudo diante do histórico de espera.
“Não concordamos com esse prazo. O Estado já investiu R$ 1,5 milhão em uma empresa para elaborar o levantamento necessário, e agora nos apresenta essa morosidade como resposta”, criticou Alesta Costa, presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros (Spate).
O PCCR é uma demanda antiga da categoria, aguardada há mais de 25 anos, e vem sendo discutido entre servidores e governo há mais de um ano. Além do plano de carreira, os profissionais cobram reajuste salarial de 20%, correspondente às perdas inflacionárias acumuladas desde 2019, e a ampliação dos auxílios alimentação e saúde para R$ 1 mil cada.
Diante da insatisfação com o andamento das negociações, representantes dos trabalhadores não descartam a deflagração de uma greve geral, caso não haja avanços concretos nos próximos dias.