A qualidade do ar em Rio Branco voltou a preocupar nesta quinta-feira (28/08). Às 7h, a estação AcreBioClima UFAC registrou Índice de Qualidade do Ar (AQI) de 110, nível considerado “não saudável para grupos sensíveis”, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. O principal poluente identificado foi o material particulado fino (PM2,5), que alcançou 39,1 µg/m³, valor bem acima do limite anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a plataforma IQAir, que utiliza dados da estação PurpleAir, a condição deve apresentar ligeira melhora ao longo do dia, mas ainda permanecer em níveis preocupantes. A previsão aponta que o índice cairá para valores entre 97 e 79 no decorrer da tarde e da noite, oscilando entre a classificação “moderada” e “não saudável para grupos sensíveis”.
O PM2,5 é formado por partículas microscópicas resultantes da queima de biomassa, combustíveis fósseis e processos industriais. Por serem extremamente pequenas, penetram profundamente nos pulmões e podem entrar na corrente sanguínea, aumentando o risco de problemas respiratórios e cardiovasculares.
A exposição prolongada pode agravar quadros de asma, bronquite e doenças cardíacas, além de causar irritação nos olhos e na garganta. Autoridades de saúde recomendam que pessoas em grupos vulneráveis evitem atividades físicas intensas ao ar livre em momentos de piora da qualidade do ar.
Durante a quinta-feira, a capital acreana deve enfrentar temperaturas elevadas, chegando a 38°C no período da tarde. A umidade relativa do ar varia entre 55% e 17%, níveis considerados baixos, o que contribui para a intensificação da poluição atmosférica. Ventos fracos, de até 7,4 km/h, dificultam a dispersão dos poluentes.
A expectativa é de aumento gradual na umidade durante a noite, com possibilidade de chuvas isoladas e melhora relativa na qualidade do ar.