A seca que atinge Rio Branco mudou a rotina de várias famílias da zona rural. Na comunidade Panorama, o abastecimento de água é feito apenas duas vezes por semana, às segundas e quintas, e ainda assim não dá conta da demanda.
O Acre está em situação de emergência por conta da falta de chuvas e a seca dos rios. O governo e a Prefeitura de Rio Branco publicaram decretos de emergência nessa quarta-feira (6). O Rio Acre está a apenas 25 centímetros da menor cota da história, alcançada em setembro do ano passado.
O autônomo Isaque Moura, morador da comunidade, conta que, mesmo com a chegada da água, é preciso correr contra o tempo para armazenar o suficiente.
“Quando chega água tem que se preparar, sem água a gente não vive. Se não conseguir encher a caixa segunda ou quinta, tem que ir buscar mais longe em balde, no carro de mão mesmo”, relata.
A situação é ainda mais difícil para quem tem limitações físicas. ”Minha coluna não me permite carregar muito peso, mas mesmo assim a gente tem que dar um jeito”, completou o autonômo.
O carpinteiro Epitácio Ferreira é outro morador sofre com a dificuldade em conseguir água suficiente. Segundo ele quando a seca aperta, até as cacimbas ficam sem água completamente.
“Aí a gente depende dessa caixa, mas ela só enche uma vez por dia. Não dá pra todo mundo, é muita gente morando aqui. Tem gente que mora longe e nem consegue pegar”, afirma.
A única torneira disponível se torna o ponto de encontro e disputa por água para todas as necessidades básicas. “É tudo: banho, comida, tudo depende dessa água”, completa Epitácio.
A Defesa Civil Municipal já listou as comunidades rurais afetadas pela estiagem em Rio Branco. As equipes têm feito o abastecimento com carros-pipa, mas reconhecem que, em algumas regiões, a distância e o difícil acesso dificultam a regularidade do serviço.
Com informações G1