O senador Márcio Bittar criticou a situação política e institucional do país. Em discurso durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 22, no auditório do Hotel Nobile Suítes Gram Lumni, em Rio Branco, ele citou casos de prisões arbitrárias, mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro e alertou para o risco de perseguições políticas.
“Hoje, infelizmente, no Brasil você não precisa cometer um crime para estar preso. Qualquer um de nós aqui corremos esse risco”, disse, ao lembrar episódios envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Bittar também destacou sua convicção de que Bolsonaro deseja que a base conservadora siga unida e organizada para o futuro. “Eu tenho certeza absoluta de que o que ele quer é que nós continuemos. A presença desses colegas aqui, como já esteve Michelle Bolsonaro e hoje Valdemar, mostra que temos um desafio pela frente: há uma chance imensa de vencermos as eleições do ano que vem”, afirmou.
O senador também voltou a criticar o que considera entraves históricos ao desenvolvimento da Amazônia. Segundo ele, desde a Constituição de 1988 a região vive um processo de “engessamento” que impediu seu crescimento.
“Os piores indicadores sociais e econômicos estão na Amazônia. Enquanto o Centro-Oeste se desenvolveu com tecnologia e apoio à produção, nós seguimos na miséria. Não podemos aceitar que continue assim. O nosso time precisa estar preparado para um novo governo de prosperidade na região”, declarou.
Bittar também comparou a realidade do Acre e da Amazônia com a de Rondônia, que, segundo ele, conseguiu equilibrar preservação e desenvolvimento. “Rondônia tem um terço do seu território aberto e é forte no agronegócio. Não é coincidência que seja o único estado da região em que há mais carteira assinada do que famílias no Bolsa Família”, afirmou.
Ao ser questionado sobre uma eventual candidatura de Bolsonaro em 2026, Bittar afirmou que não descarta a possibilidade. “No Brasil, hoje tudo pode. Temos um presidente da República que foi condenado por formação de quadrilha e hoje governa o país. Para mim, só quem tem o direito de decidir se Bolsonaro deve ou não voltar à presidência é o eleitor brasileiro”, concluiu.
A programação desta sexta-feira segue no período da tarde. Às 16h, no auditório da Uninorte – Bloco E, será realizado o ato de filiação de Márcio Bittar ao Partido Liberal, consolidando oficialmente sua entrada na legenda. A agenda contará com a presença dos senadores Marcos Rogério (RO), Eduardo Gomes (SE), Rogério Marinho (RN), Izalci Ferreira (MG), Eduardo Girão (CE) e Wellington Fagundes (MT), além dos deputados federais Sóstenes Cavalcante (RJ) e Bia Kicis (DF). O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, também estará presente.