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Indígena acreano é indiciado por violência sexual mediante fraude contra chilena

O líder indígena Isaka Ruy Huni Kuî, do Acre, foi formalmente indiciado pela Polícia Civil por suposta violência sexual contra a turista chilena Loreto Belen, que denunciou ter sofrido abusos durante sua estadia na Aldeia São Francisco, município de Feijó. O inquérito que apurou os fatos foi concluído recentemente e agora aguarda análise da Justiça local.

Loreto tornou público o relato de sua experiência nas redes sociais, onde afirmou ter sido vítima de diferentes tipos de violência sexual durante o período em que esteve na comunidade indígena. Isaka, entretanto, nega as acusações e tem a seu favor o posicionamento da defesa, que contesta a robustez das provas apresentadas no processo.

A advogada do indígena, Laiza Camilo, destacou que o delegado responsável já sugeriu a revogação da prisão preventiva, sinalizando que a investigação ainda é alvo de reavaliação. Além disso, a defesa pretende ouvir testemunhas nacionais e internacionais para reforçar a versão de Isaka. .O acusado compareceu voluntariamente à Polícia Civil em julho, prestou depoimento e foi detido, mas teve liberdade concedida após audiência de custódia para responder ao processo em liberdade.

De acordo com o Código Penal brasileiro, a acusação se baseia no artigo que trata da violência sexual mediante fraude — crime caracterizado quando o agressor obtém ato sexual sem consentimento, valendo-se de engano que impede a livre manifestação da vítima. A pena para esse tipo de crime pode variar de dois a seis anos de prisão, dependendo das circunstâncias.

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