O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Joabe Lira, comentou nesta segunda-feira, 18, durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista, as denúncias de suposto assédio moral contra servidores da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) e a fala polêmica do superintendente da autarquia, Clendes Vilas Boas.
Na última quinta-feira, 15, Vilas Boas afirmou em uma entrevista, que “não tinha medo” da possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara, acrescentando que, se fosse levada a sério, “não ficaria nenhum vereador” sem ser atingido, em razão de supostas irregularidades eleitorais. A declaração gerou reação imediata no Legislativo municipal, com parlamentares considerando a fala desrespeitosa.
Segundo Joabe Lira, a Câmara elaborou uma carta de repúdio à fala do superintendente, mas também levou em conta o pedido de desculpas apresentado por ele posteriormente. “Foi uma fala infeliz. Ele reconheceu o erro e se retratou. Todo mundo pode errar, e ele admitiu que se expressou de forma equivocada, dizendo algo que não queria dizer naquele momento”, afirmou o presidente.
O vereador destacou ainda que o superintendente teve espaço para se explicar em reunião com os parlamentares e poderá novamente se manifestar, caso solicite formalmente. “Se ele quiser ir, será recebido e terá o direito de se expressar”, disse.
Sobre as denúncias de assédio moral contra servidores da RBTrans, Lira explicou que o caso já foi encaminhado ao Ministério Público do Acre (MPAC), responsável por investigar a veracidade das acusações. “É importante agir com cautela. A denúncia foi feita, os documentos foram enviados, e agora cabe ao Ministério Público apurar. Ninguém pode ser condenado antecipadamente”, ressaltou.
Apesar da tensão causada pelas declarações, o presidente da Câmara afirmou que o episódio não deve comprometer os trabalhos legislativos. “Houve preocupação e insatisfação, claro, mas agora é seguir em frente com nossas atividades”, concluiu.