sexta-feira, 22 agosto 2025

Com 105 casos, Acre registra alta nas mortes violentas em julho de 2025

Por Mirlany Silva, da Folha do Acre

De acordo com dados divulgados pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), o número de mortes violentas intencionais (MVI) registradas no Acre apresentou crescimento em julho de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram contabilizadas 13 vítimas neste ano, contra 10 em julho de 2024.

O levantamento mostra que a faixa etária mais afetada em 2025 foi entre 30 a 34 anos, seguida por jovens de 20 a 24 anos e adultos de 45 a 49 anos. Do total, 76,92% das vítimas eram homens (10 casos) e 23,08% mulheres (3 casos). Em 2024, a predominância masculina foi ainda maior, com 90% das vítimas.

Quanto ao perfil racial, 76,92% das vítimas de julho deste ano eram pardas, 7,69% brancas e 7,69% indígenas. No mesmo mês de 2024, os percentuais foram: pardos (60%), pretos (20%), brancos (10%) e indígenas (10%).

O uso de arma de fogo continua sendo o principal instrumento empregado nas ocorrências, representando 46,15% dos casos em 2025, seguido por arma branca (30,77%) e outros meios (23,08%). Em 2024, as armas de fogo responderam por metade das mortes registradas.

Entre as motivações, os conflitos ligados a facções e drogas apareceram em 38,46% das ocorrências em julho deste ano, seguidos por crimes fúteis, torpes ou relacionados a bebedeira (23,08%). Também foram registrados casos de feminicídio, latrocínio e crimes passionais, cada um com 7,69%. Já em 2024, a maioria das ocorrências estava em apuração (50%), enquanto os conflitos de facções/drogas representaram 30% e casos fúteis ou ligados a bebedeira 20%.

De janeiro a julho de 2025, o Acre registrou 105 casos de mortes violentas com vítimas e 99 ocorrências. A capital Rio Branco concentrou mais da metade dos registros (53,33%), com 56 casos, seguida por Cruzeiro do Sul, com 15 (14,29%). No mesmo período de 2024, foram 100 casos de vítimas e 95 ocorrências. Rio Branco também liderava as estatísticas, com 52 ocorrências (52%), seguida por Feijó, com 11 (11%).

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