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“Brasil já foi colônia de Portugal, agora querem que vire colônia dos EUA”, diz Léo de Brito ao criticar Eduardo Bolsonaro

“Brasil já foi colônia de Portugal, agora querem que vire colônia dos Estados Unidos”, foi o que afirmou o ex-deputado federal e atual assessor especial do Ministério da Educação (MEC), Léo de Brito (PT), durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista nesta quinta-feira, 7. A declaração foi feita em reação à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) fora do país, que, segundo Léo, estaria sabotando o Brasil em suas viagens internacionais.

O assessor do MEC criticou duramente o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, contribui para a instabilidade política e econômica do país ao atacar instituições brasileiras fora do território nacional.

“É lamentável que tenhamos brasileiros, como o deputado Eduardo Bolsonaro, indo ao exterior tirar empregos do Brasil. Ele próprio disse que, se for se vingar do ministro Alexandre de Moraes, será terra arrasada — mas ele vai estar bem. O que isso representa? Empresas em dificuldade e milhares de empregos perdidos”, declarou Brito.

Para Léo de Brito, a democracia e a soberania nacional são princípios inegociáveis. Ele relembrou a tentativa de golpe ocorrida no país e afirmou que não se pode permitir que forças políticas ameacem instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Não dá para negociar a independência do Judiciário brasileiro com governo estrangeiro. Se qualquer presidente de fora quiser mandar aqui, é o fim do Brasil como nação soberana. Isso não é patriotismo, é submissão”, reforçou Léo.

O assessor classificou o momento político como grave e afirmou que há uma tentativa deliberada de fragilizar as instituições brasileiras por parte de setores da extrema direita. “Se qualquer presidente, seja brasileiro ou estrangeiro, quiser mandar no Judiciário brasileiro, é o fim da soberania. O Brasil já foi colônia de Portugal, agora querem que vire colônia dos Estados Unidos?”, pontuou.

Léo também alertou para a radicalização de setores da extrema direita e afirmou que esse movimento visa unicamente desestabilizar as instituições democráticas. Segundo ele, qualquer partido pode almejar o poder, mas precisa fazê-lo dentro das regras institucionais. “Não precisa destruir o STF, não precisa desacreditar as urnas. Todos nós, eu, você, já votamos nelas. A quem interessa essa desestabilização?”, questionou.

Durante a entrevista, Léo ainda destacou o posicionamento do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que afirmou que não dará andamento a pedidos de impeachment de ministros do Supremo. “Pacheco disse claramente que, mesmo com 81 assinaturas, não colocará isso em votação. Isso é sinal de respeito às instituições e à democracia”, reforçou.

Na avaliação de Léo, parte da oposição está isolada politicamente e aposta na radicalização como estratégia. “Hoje, infelizmente, temos um movimento político que atua para desestabilizar as instituições. Todo partido tem direito de chegar ao poder, mas que faça isso pelas vias institucionais. Não precisa destruir o STF ou desacreditar o sistema eleitoral”, pontuou.

Léo de Brito reforçou e destacou a importância de defender o Brasil acima de disputas ideológicas. “Não se pode negociar a soberania nacional. Quem tenta sabotar o país fora dele, seja em nome de ideologia ou vingança pessoal, não age como patriota”, concluiu.

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