O Acre registra o menor percentual de domicílios cercados por cinco ou mais árvores na Região Norte, segundo dados do Censo 2022 do IBGE. Apenas 10,98% das residências particulares permanentes ocupadas, localizadas nos setores censitários analisados, têm esse nível de arborização no entorno. Em números absolutos, são 21.894 domicílios, um volume significativamente menor que o observado em outros estados da região.
No outro extremo, Tocantins apresenta o maior percentual, com 36,38% das casas nessa condição, o equivalente a 153.778 unidades. Rondônia aparece em seguida, com 36% (156.173 domicílios), seguido por Amapá, com 22,2% (39.712). Pará e Amazonas, embora tenham índices percentuais menores que os líderes, registram números absolutos mais expressivos: 311.461 (17,1%) e 129.727 (14,25%) domicílios, respectivamente. Já Roraima contabiliza 20.640 domicílios (14,7%).
De acordo com o IBGE, os dados são referentes a setores censitários selecionados para a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que inclui tanto áreas urbanizadas mapeadas quanto setores com concentração de edificações, sistema viário consolidado e predominância de superfícies artificiais, independentemente de serem classificados como urbanos ou rurais.
A baixa presença de árvores no entorno dos domicílios, segundo especialistas, tem impactos diretos na qualidade de vida da população. A arborização urbana contribui para reduzir a temperatura do ar, melhorar a qualidade ambiental, diminuir a poluição sonora e oferecer sombra e áreas de convivência. A ausência dessa cobertura vegetal aumenta a sensação térmica em dias quentes, favorece o acúmulo de poeira e poluentes e reduz a biodiversidade em áreas habitadas.